quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Carnaval

Não que fosse sempre folião e, até nem aprecio esta quadra, pois demonstra o que as pessoas gostavam de ser no dia a dia. No entanto quando estudante no secundário, tinha-mos um professor de matemática cuja provecta idade era suficiênte para pensar-mos melhor no que haviamos de fazer. Pois bem:- certa altura na quadra carnavalesca, estava um frio de raxar. Nós , incluindo eu, resolvemos fazer uma brincadeira de mau gosto. Pegamos numas daquelas garrafinhas mal cheirosas e, rebentámo-las na aula de Matemática. Oprofessor nunca marcava falta a quem quer que fosse. Quando ele entrou na sala, deparou-se com o cheiro nauseabundo que empestava a sala. Tinha-mos a janela da aula aberta e, qual o nosso espanto o prof. a primeira coisa que fez foi dirigir-se à janela e fechá-la. Começamos todos a reclamar que não podia-mos suportar o cheiro. O Senhor, volta-se para nós e, disse-nos que estava constipado e que estava muito frio, se quizesssemos sair, podiamos fazer, só que nesse dia quem faltasse ele marcaria uma falta de castigo. Como o director da Escola, era muito severo para quem tivesse falta de castigo e, em especial do DR. Mateus Pestana, era suspenso das aulas durante dois dias, o que nos levaria a levar uma tareia logo que as faltas chegassem a casa. Resumindo:- Tivemos que gramar a aula inteira e o cheirete a entranhar-se não só nos pulmões como também na roupa que vestia-mos. Quem com ferros mata, com ferros morre e, é bem verdade. Outra ocasião foi com uma prof. de física, senhora nova cobiçada pelos malandrecos. Apanhamos um ratinho pequeno e, atamos-lhe o rabo ao fundo da gaveta da secretária onde era guardado o livro de ponto e a caderneta das chamadas. Quando a senhora se sentou e, abriu a gaveta, o pobre bicho saltou-lhe para o colo. A senhora quase ia morrendo e, ali mesmo só faltou descascar-se toda, para gaudio dos alunos. Falta colectiva e repreensão registada a todos os alunos. Aí sim, ninguém se ralou, pois foi por uma boa causa. Se vos fosse contar as malandrices de que eu era capaz de fazer, haveria tema para publicação de um livro. No entanto, confesso que não fazia mal a uma mosca, nem que ela caisse dentro do prato da sopa de outro.

16 comentários:

Fatyly disse...

Pois é por vezes o feitiço vira-se contra o feiticeiro e eu e os meus colegas fizemos tantas a dois professores, que no último período eu como chefe de turma (a única mista na altura) levei falta de disciplinar por nunca denunciar e reprovaria o ano. Todos juntos protestaram e puseram-se do meu lado. Ditadura oh Ditadura...ai é? chumbou a turma inteira e logo no último ano do curso comercial. Resultado? andamos um ano apenas com aquela disciplina, após bem disciplinados pelos pais que...enfim já passou:)

Eu daria para dois livros de 300 páginas cada um:)

Um abraço

Je Vois La Vie en Vert disse...

Ah, eras malandro e já não és ?
Serei prudente, então...:-D

Gosto de me mascarar, isto significa o quê, para ti ? Que gostamos de nos esconder na vida ? Não percebi bem o que quiseste dizer.
Eu gosto de me mascarar porque sou brincalhona, gosto de me divertir, tenho sentido de humor e gosto de mudança (cabelos, roupas,..) mas nunca fiz brincadeiras perigosas ou nojentas.

Beijinhos

Verdinha

AvoGi disse...

Hummm patifarias eu tb fiz muitas! era com cada uma. Depois conto.

analuciana disse...

Ai João, quem me dera que as maldades doa alunos actuais se resumissem a isso...

A falta de educação, o desinteresse, o desleixo, são uma constante todo o ano!

São disse...

rrs rrrsss rrss

Oh, Joãozinho, então, essas maroteiras fazem-se à desgraçada da senhora?!

Adorei a reacção do professor de Matemética, muito inteligente mesmo.

rrss rrss

Carnaval seco, pelo menos. Aqui está uma chuvinha irritante.

Abraços.

Patricia Silva disse...

Olá Sousa, que pena que essa época acabou, pois agora os meninos fazem coisas bem piores e não castigados.
Precisamos de arranjar um método que não seja tão rígido e que os coloque na linha.
Todos nós já fizemos as nossas brincadeiras, mas nunca faltámos ao respeito a ninguém.
Bjocas
Patty

Laura disse...

Máscaras, nem vê-las, que horror, metem medo, caras tapadas, olha-nos fixamente, ah, fora com isso...
que eras freco já eus ei, ams que atasram o rato isso nãos e faz, pobre da mademoisele...o cheirete? bem feita, foi para aprenderem, ahhhh, boa..Bom Cranaval já que não gostas muito, ehhhhhhh. beijinho da laura

Namarrocolo disse...

Para veres o que passei na MEROX

Namarrocolo disse...

Podes responder aqui que eu venho ca ler....

NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE disse...

hahaha, o feitiçço virou contra o feiticeiro.
saudações Florestais !

Estela disse...

Narcisos, Cravos, Estrelícias, Amendoeiras em flor, Frésias, Beijos de Mulata... este é um verdadeiro jardim, cheio de perfume e um ótimo lugar para passar o carnaval.
Bjs.

Laura disse...

Carnaval sempre quer queiramos ou não, o Povo manda, amanda, obriga a ouvir as folias até altas madrugadas, perdem o sapapto e o norte e a sorte, enfim...
Um feliz Domingo em paz, alegria e amor, da laura para ti e nandinha..

Juliana Souzza disse...

João, adorei sua história de um bom folião carnavalesco. kkk
Obrigada por ter respondido meu comentário e ter feito uma visita no meu blog. Sou nova nesse mundo "blog" e confesso que estou encantada. Em uma das minhas pesquisas conheci seu espaço João e não pude deixar de segui-lo.
Um grande abraço.

Paula disse...

Acho que os alunos antigamente eram mais "safadecos" do que os de hoje:-)))Pelo menos falo por mim e pelos meus colegas:-))
Gostei dessas histórias do "meu tempo":-)))
Jinhossssss

lis disse...

João imagino que malandrices voce aprontava! bem feito ! o professor de matemática foi perfeito .Faria o mesmo!! rsrs
Essa é a época feliz, bom recodar.
desculpe estar chegando a sua casa meio que atrasada, mas voce me prometeu que abriria a porta pra me acolher rs
meus abraços

Olga Mendes disse...

Que grandes malandrisses. Para recordar, já vale a pena as terem feito. Não sou muito de carnaval, mas quando era miúda adorava-me entrapar, porque mascarar só já depois de crescida. Agora não gosto simplesmente.